quinta-feira, 15 de março de 2012

Drinking


Putting outside this smoke
That comes from my cigarette.
Putting inside this fruity alcohol
Which swims from my glass of wine.

My view is resting on the fire
Could be snowing outside, but it’s not.
Only the strongest winter cold
The dry and rough breath of loneliness.

No longer capable of dreaming
But am I living a real life?
Are we?

From faraway as outside the room
I heard the pass sound of steps
I felt a warm wave rise…
And I took another sip of wine

Entering the room a shadow was.
I felt embraced by the flames of the fire place.
Did I drink too much?
Because I saw you next me.

No longer capable of dreaming
But am I living a real life?
AM I?

You run towards me
I raised from my inertia
I felt old and sick
But a new life was borning in me

I jumped the sofa
And threw my harms to you
You were so close…
And when I touched you… you vanish in a cloud…

I was capable of dreaming
It was the only way to had you near me.
What’s real or not?
I think my loneliness…



      

sábado, 18 de fevereiro de 2012

Na beleza natural encontrar inspiração

Procuro na beleza natural encontrar inspiração.

Viajo, passeio, ando, corro, salto muros, estico todo o meu corpo… tento ver, ouvir, sentir, cheirar e por vezes provar o que me rodeia.

Fico sem fôlego com a simples visão das ondas a enrolarem quando se deleitam ao encontrar a areia na praia. Quando as nuvens cobrem o alto do topo das montanhas, dizendo: “Queres ver como acabam? Anda até aqui rapaz!”
Fico preso, ao agitar das folhas de qualquer árvore empoleirada num penhasco.
Busco esta beleza sem pedir nada em troca… minto peço inspiração para viver, para voltar a acordar no dia seguinte e agradecer pelo que ainda me falta ver e sentir.

Depois de receber uma boa dose de beleza vejo que me faltam as palavras para descrever. A minha mão não recebe do meu cérebro qualquer informação nervosa necessária.
Acredito que por estar a absorver, catalogar, registar e a arrumar a informação não existem neurónios disponíveis. Disponíveis para trocar sinapses entre eles. E com essa electricidade criativa em falta, não posso escrever algo de completamente maravilhoso que pode-se transpor em palavras como é, por exemplo, a brancura da neve no topo do Vesúvio. Como azul é ao longe e translúcido ao perto é o mar da baía de Napulè. Como aromaticamente salgado é o ar que se respira aqui no cimo de Posillipo de frente para Capri.

Claro está que os mais eruditos em matéria de neurologia me diriam: “Rapaz os neurónios responsáveis pela memória não estão na mesma zona do cérebro humano onde estão os que são responsáveis pelo processo criativo de escrever!”
Ao qual eu respondo que não quero escrever nada criativo! Quero sim fazer uma cópia, pôr em palavras tudo o que tenho visto. A própria realidade é tão Bela que não é necessário ser criativo…

Bem vou andado…
Ainda faltam 9 km para voltar para “casa”.

Vou ver mais umas coisas.
Até já.



domingo, 8 de janeiro de 2012

Um dia de sol.

Ontem ao almoço, depois de eu me expressar no meu Italiano mais fluente, a rapariga que trabalhava no restaurante perguntou se eu estava em Nápoles a estudar… Ainda tenho aspecto de estudante… Eu ri-me e disse que estava em trabalho. Ela deve ter pensado: a falares assim Italiano deves comunicar muito bem com os teus colegas!

Hoje de manhã fui caminhar pela baía de Nápoles. Esteve muito bom tempo. O sol era forte para Janeiro, sem vento e sem nuvens o mar sofria de uma quietude que não me é habitual. Para quem sempre viveu junto ao Oceano Atlântico não lhe é familiar ver uma imensidão de água assim tão extensa e nenhum som de ondas…
A água azul cristalina desde mar, agora junto a mim, transmitem-me uma diferente emoção, mas sempre calma. A camada incolor e transparente que divide o ar do fundo do mar, dá-me vontade de saltar lá para dentro… mas estamos em Janeiro… pena.
O cheiro também é diferente, passa por despercebido ao meu olfacto. De ser falta de sal.

Muitas famílias se passeavam hoje pela rua, balões, comida de rua, vendedores ambulantes, corredores e corredoras, caminhantes e muitas conversas.
Camadas de base, bâton, rímel, e mais publicidade enganosa para ir simplesmente passear à beira mar… Os que não estavam em fato de treino a correr ou a caminhar pareciam que iam assistir a uma ópera ao Teatro São Carlos… Eu de t-shirt e blusão pensei que ia passar um pouco de calor, e passei, estas pessoas devem ter um sistema de refrigeração mais moderno.

Depois de passar pelos pescadores que vedem o seu peixe acabado de pescar, mesmo ao lado de uma via rápida com 4 faixas de rodagem. Depois de passar por um castelo e ver ao longe no cimo da colina outro ainda mais antigo, de ver a Ilha de Capri entre a bruma que se eleva do mar num dia como hoje. De passar por jovens a namoriscar pendurados nos muros junto ao mar, de ver velhos e novos a aproveitar o sol que hoje lhes foi endereçado, meti-me pelo meio das ruas caóticas do centro histórico.

Pois bem era hora de almoço e tinha fome. Depois de caminhar mais uns bons quarteirões cheguei onde queria. A um antigo restaurante bem no centro do centro histórico…
Onde comi uma mistura de peixes fritos com lulas e um camarão… só um pois não podemos ficar a ganhar. Acompanhado por beringelas à parmagiana. Podia ser da fome, mas não creio, a pescadinha, o salmonete, os calamares, o camarão e um outro peixe que não sei qual era estavam simplesmente divinais! E as beringelas também estavam boas, embora frias… em minha a casa eu sirvo-as sempre quentes.   
Isto a ser acompanhado por um trio de guitarra, contra-baixo e clarinete… músicas tipo Padrinho, qual Don Michael Corleone!
Ainda tive sorte por haver a mesa do castigo, que é junto ao frigorífico expositor dos peixes. Isto de ser só um para almoçar deixar qualquer empregado de mesa doído!

Voltei a caminhar pelo centro histórico até chegar a “casa”.

É por dias como este que sinto que estas experiências são boas, mas poder partilha-las com alguém é o ideal. Espero por ti aqui uma vez mais.
08/01/12



sexta-feira, 6 de janeiro de 2012

Ouvir, ler e escrever.

Ouço com dificuldade,
Só capto alguns tipos de comprimentos de onda.
Nem todas as frequências são agora detectadas por mim.

Mas continuo a ouvir…
O chamamento para o nosso encontro.
Espero que seja para breve.

Mesmo parcialmente surdo ouço,
Ouço gritos abismais que revelam a falta que me fazes.

Cada dia que passa
mais tenho a certeza que não fui abençoado pelo dom da escrita.
Tenho sim uma enorme apetência para ler.
Como o Larry Darrell, personagem principal da obra O fio da Navalha de Somerset  Maugham,
Eu podia passar todo o meu tempo no meio de livros em busca do sentido da vida. 

Interrogo-me sempre que vejo livros de 800 páginas,
Sendo eles escritos por alguém jovem ou não,
Onde é que ele ou ela teve tempo para ler…
A não ser o seu trabalho?

Isto porque eu gostava de dedicar uma obra literária…
a ti.
Tanto podia ser,
Romance
Fábula
Epopeia
Novela
Conto
Crónica
Ensaio…
Mas penso que te poderei indicar alguns livros para leres…

Mas oralmente sempre te posso dizer que te amo.
Sei que mereces mais.

Agora termino pois estou a ficar sem tempo,
 para acabar de ler o livro que me emprestaste.

Até já…

Na Estação central de Nápoles.