domingo, 24 de julho de 2011

Um estrangeiro estranho.

São tantas coisas novas que vejo. Tantas pessoas diferentes, estilos diferentes, cores diferentes cheiros diferentes, existe muita diferença aqui.
Somos tantos ao mesmo tempo, somos poucos iguais.

Uns dançam outros cantam outros parecem que têm ataques nervosos… eu vejo tudo de fora. Como uma câmara fotografia tento fixar todas estas imagens. Tento criar uma base de dados social. Para quê? Por diversão. Por curiosidade, por que me apetece.

Ontem éramos muitos, uns 20 mil no mesmo local. Fiquei com a sensação que eram tantos e eu o único português. Por momentos achei um pouco estranho, mas depois passou. É incrível o que o sentimento de pertença nos faz sentir. Mas por estar fora da minha realidade social achei muito interessante como aquele multidão viveu o momento de forma tão ordeira. Sem confusões para entrar no local, sem atritos para arranjar comida, sem empurrões quando simplesmente estavam a expressar os seus sentidos exaltados por música elevada a altos decibéis. Para mim foi estranhamente interessante como esta gente simplesmente aproveitou algo que era para aproveitar.

Afisha Picnic era o nome do evento, um festival de verão em Moscovo.

“People are strange when you’re a stranger” Será… acho que sim.