quinta-feira, 12 de março de 2015

Ter medo do quê?

Ter medo do quê?

Passamos a vida com medo de falhar.
Temos medo de não sermos amados.
Temos medo de não gostarem de nós.
Passamos o tempo com medo dos chefes.
Temos medo que percebam o que pensamos.
Que medo de mostrarmos o que sentimos.
Temos medo de andar com medo.

O medo faz com que vivamos sempre entre intrigas e esquemas.
Assim no fim até podemos ser amigos de todos e todos serem nossos amigos...
Que medo de ninguém nos dever nenhum favor...

Medo de acabarmos sozinhos.
Medo de ficarmos perdidos numa multidão.

Medo de dizermos o que queremos. Ou escrevermos o que sentimos. Medo de gritar só porque sim!

Tanto medo de ser feliz... porque quando formos felizes vamos estar tão perto de voltarmos a ser infelizes.

Uns passam os dias à espera que no dia seguinte esteja sol... nós temos medo que amanhã chova!

Que medo de sonhar.
Que medo de brincar.
Que medo de cair.
Que medo...

E contra mim escrevo.
Mas vou lutando todos os dias para ter menos medo.

Ter medo do quê?

Podemos ter medo ou medos. Mas vamos lá não ter medo de tudo.

Eu pelo menos quero ser feliz.
Será fácil? Não acredito que seja.
Mas esse é o meu objectivo. E assim sendo vou lutar por ele!

Ter medo do quê?
De viver?!

E se não vivermos agora vamos viver quando?

Ninguém é mais ou menos que nós. Somos todos feitos de carne, sangue e ossos.

sábado, 15 de novembro de 2014

Quero ser mais forte.

O sentimento de algo se quebrar dentro de nós.
Não por nos acontecer algo mau.
Mas ver ou sentir que quem amamos não está bem.

Tirem - me tudo, maltratem - me ou mandem - me ao  chão.
Eu voltarei. Normalmente mais forte.
Agora quem eu amo não toquem!
A força do vácuo atingi - me.
Fico pequeno como um átomo.

Quando atacado reajo como um galáctico!
Mas ao ver os meus sofrerem... só a gravidade é esmagadora.

O simples agitar de uma folha desiquilibra - me.
Quero ser mais forte...
Quero ser mais forte...
Vou ser mais forte!

quarta-feira, 5 de novembro de 2014

Sente o ar

Sente o ar cheio de mim.
Não sintas medo.
Procura os teus próprios sonhos.
Não queiras viver os dos outros.

... por vezes para sabermos como vai ser o futuro temos que contemplar o passado... e assim vivemos o presente...

Dou-te a minha mão!
Soprei o vento para as tuas asas.
À velocidade da luz fui em teu auxílio.
Sente o ar cheio de nós!

Podiamos ter feito melhor? Claro que sim? E?
Estamos aqui para continuar a tentar.
Seremos melhores... acredito que um dia sim.

O sonho dentro do sonho é o nosso objectivo.
E quando acordares estarei lá.
Vamos correr este mundo sem medo.
Um mundo cheio de nós.
O ar cheio com a leveza da nossa felicidade.

segunda-feira, 20 de outubro de 2014

Segue as luzes.

Vejo as luzes a fugirem de mim.
Na total escuridão em que está o mundo.
Ficaste na estação a fazer adeus...

Vou de costas para o local de destino
E por isso parece que estou a ser sugado. Por algo que me quer longe de ti...

Vejo as luzes perdidas neste mundo.
Estico os meus braços com esperança.
Mas a massa negra noturna fere-me as mãos.
Sinto uma tontura... e penso, calma estás sentado.

Já volto a respirar calmamente.
Sei que te vou reencontrar num pare de dias.
No escaldante verão outonal.
Junto ao mar vou-te voltar a abraçar.

Vejo as luzes para lá da janela.
Sei que te vão guiar até mim.
Também vejo o meu reflexo...
E sem ti ele não é tão bonito como normal.

Segue as luzes, estou à tua espera.

sexta-feira, 17 de outubro de 2014

Estava errado

Sentir outra vez a leveza do teu toque.
Sentir que sei o rumo certo.
Sentir o hálito fresco das manhãs de outono.
Sentir que estava errado.

Saber quem sou depois de não saber por onde andei.
Saber que queria tudo quando nada tinha.
Saber que nada mais quero quando te tenho a ti.
Saber que estava errado.

Ouvir os gritos da minha alma perdida.
Ouvir os sussurros de um mundo em angústia.
Ouvir-me a falar de nada...
Ouvir que estava errado!

Acreditar que existe felicidade.
Acreditar que as cores deste mundo são reais.
Acreditar em mim e em todos nós...
Aceitar que estava errado.

quinta-feira, 15 de março de 2012

Drinking


Putting outside this smoke
That comes from my cigarette.
Putting inside this fruity alcohol
Which swims from my glass of wine.

My view is resting on the fire
Could be snowing outside, but it’s not.
Only the strongest winter cold
The dry and rough breath of loneliness.

No longer capable of dreaming
But am I living a real life?
Are we?

From faraway as outside the room
I heard the pass sound of steps
I felt a warm wave rise…
And I took another sip of wine

Entering the room a shadow was.
I felt embraced by the flames of the fire place.
Did I drink too much?
Because I saw you next me.

No longer capable of dreaming
But am I living a real life?
AM I?

You run towards me
I raised from my inertia
I felt old and sick
But a new life was borning in me

I jumped the sofa
And threw my harms to you
You were so close…
And when I touched you… you vanish in a cloud…

I was capable of dreaming
It was the only way to had you near me.
What’s real or not?
I think my loneliness…



      

sábado, 18 de fevereiro de 2012

Na beleza natural encontrar inspiração

Procuro na beleza natural encontrar inspiração.

Viajo, passeio, ando, corro, salto muros, estico todo o meu corpo… tento ver, ouvir, sentir, cheirar e por vezes provar o que me rodeia.

Fico sem fôlego com a simples visão das ondas a enrolarem quando se deleitam ao encontrar a areia na praia. Quando as nuvens cobrem o alto do topo das montanhas, dizendo: “Queres ver como acabam? Anda até aqui rapaz!”
Fico preso, ao agitar das folhas de qualquer árvore empoleirada num penhasco.
Busco esta beleza sem pedir nada em troca… minto peço inspiração para viver, para voltar a acordar no dia seguinte e agradecer pelo que ainda me falta ver e sentir.

Depois de receber uma boa dose de beleza vejo que me faltam as palavras para descrever. A minha mão não recebe do meu cérebro qualquer informação nervosa necessária.
Acredito que por estar a absorver, catalogar, registar e a arrumar a informação não existem neurónios disponíveis. Disponíveis para trocar sinapses entre eles. E com essa electricidade criativa em falta, não posso escrever algo de completamente maravilhoso que pode-se transpor em palavras como é, por exemplo, a brancura da neve no topo do Vesúvio. Como azul é ao longe e translúcido ao perto é o mar da baía de Napulè. Como aromaticamente salgado é o ar que se respira aqui no cimo de Posillipo de frente para Capri.

Claro está que os mais eruditos em matéria de neurologia me diriam: “Rapaz os neurónios responsáveis pela memória não estão na mesma zona do cérebro humano onde estão os que são responsáveis pelo processo criativo de escrever!”
Ao qual eu respondo que não quero escrever nada criativo! Quero sim fazer uma cópia, pôr em palavras tudo o que tenho visto. A própria realidade é tão Bela que não é necessário ser criativo…

Bem vou andado…
Ainda faltam 9 km para voltar para “casa”.

Vou ver mais umas coisas.
Até já.